Olhando assim, dificilmente eu acredito que sorrio sem aquela fase blasé que já me prendeu. Eu era vítima de mim mesmo, procurei e fiz minha própria confusão. Desde criança na fase de apelidos grandes e estranhos relativos a ausência de traços orientais quando comparados a outros primos e a brancura juntamente destacada, a mãe dizia que eu sofria antes do tempo, e olhando para trás mais uma vez a sabe-tudo teve razão.
Orgulhosa por natureza, sempre bati o pé, se era sim pra mim era não, não dormi quando me falaram que eu deveria parar de chupar dedo e cheirar o "cheirinho", meu irmão fez mini-macumba e a noite eu chorei contando pra mãe. Até que um dia ela chegou com o mesmo jeito de sorrir mas com algo diferente no olhar e na mão ,um pacote estranho mas bonito, abri e era uma bola azul metálica do Cebolinha, e com essa condição eu parei com o vício sem mais nem menos, e não voltei nem depois de estourar ela depois de três dias.
O que eu quero dizer com essa história boba? Que eu, e acredito que muita gente, se prende a coisas que quando menos se espera elas vão e às vezes nem saudades deixam, nesses tempos a única coisa que me trazem é um grande alívio de poder respirar em paz.
Um comentário:
Tudo que é tem importância, é eterno. Ninguém pode dizer verdadeiramente que esqueceu o passado, pode sim dizer que deixou de viver nele.
Acho que tudo na vida te faz alguma coisa, te muda, por bem ou mal. Até mesmo as bolas metálicas do Cebolinha.
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