sábado, junho 09, 2007

Sempre ela


Todas as vindas pra minha cidade são assim, um dia antes da ida dói, e eu fico chorando escondida porque afinal eu tenho quase 21 anos. Se não fosse por um sonho, acho que eu voltaria para cá, onde os idosos me cumprimentam, as amigas são elas com todos os defeitos e sorrisos, e a família é ela, com todo conforto, dores e amor sem fim.
Sonhos são engraçados, por causa deles dei adeus a quem mais gostou de mim e dediquei meus dias a quem nem merecia uma canção e teve toda uma gafieira com bossa nova, enquanto eu sabia que era aquele outro alguém que mandava em mim incontrolavelmente, sonhos e teimosia não são bem vindos mais.
O mundo é cão? Sei lá, se não fosse o dissabor o que seria de mim? Uma menina que combina brinco com o vestido novo? Que é igual a quem eu nunca quis ser de certo modo fria e sem aquela tristeza no olhar que o Vinicius fala em seu Samba da Benção? Os dias são bem complicados e a hipocrisia toma conta dos dias de quem se faz feliz. Às vezes passou da hora de dar tchau a certos pensamentos, pessoas sem coragem, promessas sem fundamento... Tchau então.
Do que eu falava mesmo? Ah! A saudade, nem sei mais onde começa e onde é seu fim. Em uma frase de um amigo distante ele disse tudo "estou perdido", pois é de certa forma eu também.