Todos os sábados de 2003 foram coloridos. Eu sabia que tudo aquilo quando passasse, deixaria uma saudade imensa. A minha mãe, a “tia” Sônia baiana, a “tia” Rose carioca e outras tantas “tias” paranaenses, ali na mesa debaixo da árvore.
-Bira me vê uma cerveja, seis copos e uma porção de tremoço - pedia a Rose com o sotaque arrastado. E todas sempre rindo, apesar dos pesares. Eu ali na piscina desejava mais tardes como aquela, idependente da estação, ali estava a cerveja e a música.
-Suellen bebe só um copo - eu sorria e no fundo tocava “... é que os momentos felizes tinham criado raízes no seu penar...” e ela já previa tudo.
sexta-feira, agosto 24, 2007
quinta-feira, agosto 16, 2007
Respiro
Olhando assim, dificilmente eu acredito que sorrio sem aquela fase blasé que já me prendeu. Eu era vítima de mim mesmo, procurei e fiz minha própria confusão. Desde criança na fase de apelidos grandes e estranhos relativos a ausência de traços orientais quando comparados a outros primos e a brancura juntamente destacada, a mãe dizia que eu sofria antes do tempo, e olhando para trás mais uma vez a sabe-tudo teve razão.
Orgulhosa por natureza, sempre bati o pé, se era sim pra mim era não, não dormi quando me falaram que eu deveria parar de chupar dedo e cheirar o "cheirinho", meu irmão fez mini-macumba e a noite eu chorei contando pra mãe. Até que um dia ela chegou com o mesmo jeito de sorrir mas com algo diferente no olhar e na mão ,um pacote estranho mas bonito, abri e era uma bola azul metálica do Cebolinha, e com essa condição eu parei com o vício sem mais nem menos, e não voltei nem depois de estourar ela depois de três dias.
O que eu quero dizer com essa história boba? Que eu, e acredito que muita gente, se prende a coisas que quando menos se espera elas vão e às vezes nem saudades deixam, nesses tempos a única coisa que me trazem é um grande alívio de poder respirar em paz.
Orgulhosa por natureza, sempre bati o pé, se era sim pra mim era não, não dormi quando me falaram que eu deveria parar de chupar dedo e cheirar o "cheirinho", meu irmão fez mini-macumba e a noite eu chorei contando pra mãe. Até que um dia ela chegou com o mesmo jeito de sorrir mas com algo diferente no olhar e na mão ,um pacote estranho mas bonito, abri e era uma bola azul metálica do Cebolinha, e com essa condição eu parei com o vício sem mais nem menos, e não voltei nem depois de estourar ela depois de três dias.
O que eu quero dizer com essa história boba? Que eu, e acredito que muita gente, se prende a coisas que quando menos se espera elas vão e às vezes nem saudades deixam, nesses tempos a única coisa que me trazem é um grande alívio de poder respirar em paz.
segunda-feira, agosto 13, 2007
"... e o bem estar comigo enfim..."
Tem gente que vive mal-humorada, se está sol, quer a chuva, se acorda cedo faz cara feia e se dorme demais fala que a cara está amassada. E assim consequentemente desconta na pessoa ali de bobeira, o famoso "odeio gente feliz" , que possivelmente tem como melhor amigo algum objeto de alta tecnologia que não tem com quem compartilhar.
Todo mundo tem seus dias ruins, e eu até agradeço esses dias e pessoas, que eu quando acordo e escuto de João Gilberto à Kings of Convenience e vejo o dia lá fora, agradeço por não ter essa visão tão tensa do cotidiano, de ter que descontar a frustação em outros, mesmo que seja exigente demais comigo.
Ver as borboletas que o Paulo falou no texto dele e sorrir mesmo depois de uma bronca, é só sair andando e esquecer no meio de um abraço. E indo um pouco mais na saudade, olhar pro canto da sala e sentir aquela saudade da Suzan ali no canto da sala com aquele sorriso de paz, e que mesmo sem palavras me dá a certeza que tudo vai acabar bem. E vai. Ter amigos como os meus, me faz ter vontade de chorar de alegria e assim mais uma vez esqueço do mau-humor que passeia livremente em busca da solidão.
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